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Rua Coberta|Nova Petrópolis

Festival de Folclore Notícias
30/07/2015

Um festival de histórias longe do palco da Rua Coberta

Integrantes de grupos folclóricos que participam do evento relatam suas experiências e rotinas

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Que o 43º Festival Internacional de Nova Petrópolis proporciona belíssimos espetáculos no palco da Rua Coberta, além de oficinas de culinária, danças e cultura gaúcha, todos sabem. Mas nem todos conhecem a rotina e as histórias dos protagonistas de toda a riqueza cultural encontrada no festival, os integrantes dos grupos folclóricos. Membros dos grupos Ballet de Arte Foclórico Argentino, da Argentina, Group de d’Art Populaire de Berstett, da França e Sarandeiros, de Minas Gerais, estreantes no festival, relataram suas experiências e abriram as portas de seus alojamentos para mostrar como é a rotina de um participante do Festival Internacional de Folclore. Este ano, o Ballet de Arte Folclórico Argentino, que participa pela quinta vez do festival e é chamado carinhosamente de BAFA pelo público, trouxe sete novas integrantes para o Festival Internacional de Folclore. A primeira frase dita pela dançarina Stefania Di Salvatore, de 23 anos, foi que o Festival Internacional de Folclore está “proporcionando uma ótima experiência de vida”. A declaração de Stefania foi prontamente complementada em alto e bom tom pelas colegas de grupo Silvana, Maria Emilia, Nora, Chiaza, Flavia e Maria. As artistas destacaram a cordialidade e a alegria demonstradas pelo público do evento e pelos moradores de Nova Petrópolis. As argentinas, que estão hospedadas no hostel da Escola Bom Pastor, distante 15 quilômetros do centro de Nova Petrópolis, seguem uma rotina básica todos os dias: elas tomam café da manhã às 8h, preparam a mala, embarcam no ônibus e rumam para duas apresentações diárias no Palco da Rua Coberta. À noite, elas retornam com o grupo para o hostel e descansam para o dia seguinte. É claro que essa rotina muitas vezes é quebrada com sessões de fotos com o público, passeios por Nova Petrópolis e participação nas oficinas e momentos de integração proporcionados pelo Festival de Folclore. Para participar do Festival Internacional de Folclore em Nova Petrópolis, Stefania trouxe em sua mala seu inseparável abrigo do BAFA, algumas blusas e pares de meias para enfrentar o frio, além de camisetas para os dias mais quentes e uma bolsa repleta de maquiagens, todas utilizadas nos espetáculos. Para matar as saudades da Argentina e de suas famílias, as artistas recorrem a fotos arquivadas em seus celulares, além de se comunicarem por meio das redes sociais. No mesmo hostel onde estão hospedadas as sete novatas do BAFA, também estão alojados os membros do Sarandeiros, grupo folclórico de Minas Gerais que, há cinco anos, traz espetáculos empolgantes ao Festival Internacional de Folclore de Nova Petrópolis. Os mineiros também trouxeram caras novas para a edição 2015 do festival, entre eles o dançarino e músico Luis Bittar, de 10 anos, que participa pela primeira vez do evento. Para Luis, que é o integrante mais jovem do Sarandeiros nesse festival, viajar para o Rio Grande do Sul e participar do evento agregou muito conhecimento. “Estou há três anos com o grupo e é a primeira vez que viajo para mais longe e participo de um festival grande. Estou aprendendo muito sobre outras culturas e achei Nova Petrópolis uma cidade muito bonita. Todos deveriam ter a oportunidade de participar desse festival”, afirmou. Os 29 artistas que formam o Groupe D’Arts Populaires de Berstett, da França, possuem um sentimento parecido com o do jovem Luis, pois jamais haviam participado do Festival Internacional de Folclore de Nova Petrópolis. Aliás, para os franceses a experiência é ainda mais intensa, já que essa é a primeira vez que visitam o Brasil. Segundo o presidente do grupo, Jean Christophe Lasthaus, de 33 anos, o que mais o impressionou ao chegar à Pousada da Chácara, foi a recepção em um idioma conhecido por eles. “Nos saudaram em alemão. Moramos em Berstett, uma pequena cidade muito próxima da Alemanha, então entendemos e falamos alemão. Nos sentimos como se estivéssemos chegando em casa”, revelou Lasthaus, que integra o grupo há 23 anos. Entre uma frase em inglês, para a entrevista, e outra em francês, trocada com a meticulosa diretora de arte do Groupe Berstett, Solange Mellinger, que integra o grupo há 45 anos e participou da conversa, Lasthaus também ressaltou características do público que assistiu as apresentações de seu grupo na Rua Coberta. “As pessoas são muito atentas, prestam atenção em tudo, nos passos, nas roupas... Percebemos logo que a plateia do festival é bastante curiosa e interessada”, disse. Alguns membros do Berstett, como a dançarina Anne Scheer, não tiveram a oportunidade de viajar para o Brasil e conhecer esse atento público do Festival de Folclore. Mesmo assim, seus colegas de grupo encontraram uma maneira de incluir Anne nas atividades que realizam em Nova Petrópolis, imprimiram uma imagem da artista e fazem questão de incluí-la em todas as fotos que fazem. Bem-humorado, Lasthaus afirmou que, assim que encontrar Anne, na França, vai parabenizá-la por ter aparecido, junto com o grupo, em fotografias publicadas nos jornais locais. Se estivesse em Nova Petrópolis, Anne provavelmente dividiria o quarto com Christelle, Marion, Lea e Julie. Malas abertas repletas de roupas, trajes folclóricos pendurados em cabides em frente à janela, pares de sapato em todos os cantos, esse é o retrato do quarto das francesas. Porém, as integrantes do grupo encontravam com muita facilidade o que precisavam, comprovando que aquele não era o retrato de uma bagunça, mas apenas a típica configuração do quarto de artistas francesas. Para finalizar a conversa, Lasthaus disse que aprendeu muito sobre diversas culturas do mundo no Festival Internacional de Folclore. “Vou levar comigo para a França muito conhecimento sobre as diferentes manifestações folclóricas, principalmente da cultura alemã, preservada com muita dedicação pelos grupos de Nova Petrópolis. Esse festival também nos deu ideias muito interessantes, especialmente no quesito organização, que vamos aplicar nos festivais que realizamos em Berstett”, garantiu. As experiências e histórias das argentinas do BAFA, do jovem Luis, integrante do grupo Sarandeiros e dos franceses do Groupe D’Arts Populaires de Berstett, demonstram que o Festival Internacional de Folclore é muito mais do que as coreografias, indumentárias e músicas trazidas pelos grupos para o palco da Rua Coberta. Aproximadamente mil artistas participam do festival desse ano, cada um com sua história, sua cultura e sua forma de se comunicar e enxergar o evento. Cada um deles, além de trazer o folclore de seu país, Estado e cidade ao palco, também terá muitas histórias e experiências para contar em seu retorno. O 43º Festival Internacional de Folclore prossegue, diariamente, até o dia 02 de agosto. O evento é uma promoção da Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis e Associação dos Grupos de Danças Folclóricas Alemãs. Conta com o apoio da IOV – Organização Internacional de Folclore e Arte Popular; financiamento da Lei Rouanet - Ministério da Cultura e do Pró-Cultura LIC/RS. São patrocinadores: Dakota, Piá, Corsan, Sugarshoes e Sicredi. São apoiadores do evento: LPR, Banco do Brasil, Associação Rota Romântica, Mecânica Federal Diesel, Fundo de Turismo, ACINP, Móveis Niruma, Parque Pedras do Silêncio, Eletrosom e Matadouro da Serra. Para mais informações e fotos acesse: www.festivaldefolclore.com.br e www.facebook.com.br/festivaldefolclore.